6) Naquela época o seus treinos eram essas aulas ou o senhor tinha algum treino pessoal?

Não. Cada sensei procura, conforme seu corpo, alguma possibilidade de treino, eu também procurava alguma possibilidade. Mas nunca procurei outra arte marcial, sempre pesquisava dentro do próprio Aikido. Então, eu conheci o Monge Tokuda e, o convidei para ensinar Zen no Dojo, para aprender alguma coisa a mais.

7) Como foi a sua primeira visita ao Japão?

Eu fui a primeira vez visitar o Japão em 1971. Na verdade, fui para treinar no Hombu Dojo. Fiquei dois meses lá. Conheci muitos mestres e, aí, meu pensamento e a minha técnica se modificaram. Foi muito gostoso. Até hoje não dá para esquecer daquela época, dos mestres, principalmente, daqueles que me trataram com muito carinho. Até agora, treino com saudade deles.

8) Naquela época, quais foram os mestres que mais o influenciaram?

Todos os mestres que eu conheci me influenciaram, eu gostei de todos. Mas não dá para esquecer do Nidai Doshu Kisshomaru Ueshiba, que me atendeu com muita atenção, de Ichihashi shihan e de Yamagushi shihan. Diversos mestres me atenderam com carinho, todos estão dentro do meu coração.

9) Como foi a primeira visita do Nidai Doshu Kisshomaru Ueshiba ao Brasil?

Quando o Doshu veio a primeira vez para cá, nós não tinhamos palavras para expressar nossa emoção Eu o recebi dentro da minha alma e minha lembrança é essa. A primeira vez, ele veio com Yamagushi shihan e com Shibata shihan, que na época era 5º dan. Fecho os olhos e lembro-me bem daquela época e daqueles movimentos, pois eles estão guardados para sempre dentro do meu corpo. As técnicas e o carinho de Nidai Doshu e de Yamagushi shihan estão dentro do meu corpo, isso tudo, graças ao grande mestre no Brasil, Kawai shihan.

10) Desde aquela época o senhor já estudava os ensinamentos mais profundos do Aikido?

Eu já sentia que, alguma coisa dentro aikido, estava além da técnica corporal. Então, pesquisava e procurava por isso. Qualquer movimento da vida diária, sem querer eu ligava com essa parte. Ainda hoje procuro, e, engatinho, para chegar no caminho que O´sensei ensinava e nos deixou.

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